Meteorito, mensageiros do tempo

Relíquias extra Terrestre na Zona Rural de Goiás.

Formados há 4,6 mil milhões de anos, relíquias geográficas chamados de meteoritos, são a chave para a compreensão da origem do sistema solar e da própria vida terrena.

As rochas celestiais são mensageiras do tempo e do espaço, do inalcançável e raramente visto por algum contato humano. Um meteorito surge quando um meteoroide, formado por fragmentos de asteróide, cometas ou ainda restos de planetas, alcança a superfície da Terra e não se desintegra completamente na queda. Testemunhos da história primitiva do sistema solar vindo de uma viagem através do espaço e do tempo nos trazem informações das épocas em que as marcas na Terra foram totalmente apagadas. Meteoritos são pedaços de estruturas que escapam dos mantos ou núcleos de corpos celestes como planetas e asteróides. A composição dessas estruturas dá pistas sobre a formação do Sistema Solar e a própria história geológica da Terra. “Nós não conseguimos atingir nem o manto da Terra, muito menos o núcleo”, afirmou Elizabeth Zucolotto, astrônoma brasileira do Museu da Astronomia do RJ.  Estudando a composição dos meteoritos (a maioria formada por ferro e níquel, como o núcleo da Terra) os pesquisadores tentam remontar o passado da Terra.

A importância do registro geológico dos meteoritos é indispensável para estudos da ciência, geologia, antropologia e tecnologia, afinal é um material primordial celestial que formou os planetas e que rapidamente evoluiu para diferentes fases. A Informação ainda evidência processos astrofísicos que ocorreram antes da formação do sistema solar.

Na entrevista com Bramon, (Brazilian Meteor Observation Netwok) rede de controle e monitoramento de meteoros, o Jornal O² procurou seus especialistas para saber se os minérios contidos em um meteorito podem ser aproveitados para práticas de avanço tecnológico. Responderam que  podemos aproveitar os minérios do meteorito para práticas de avanço tecnológico, pois Meteoritos são rochas que se formam em diferentes momentos. A maioria se origina concomitantemente com a formação do Sistema Solar (chamados meteoritos condritos) enquanto alguns outros se formam a partir da evolução de corpos como asteróides, satélites e planetas. Sua composição mineralógica é bem primitiva e a maioria dos minerais presentes é também encontrada hoje em dia na Terra. A própria Terra se forma do acúmulo de grande quantidade de rochas de composição igual a dos condritos (depois passando por diversos processos geológicos que dão origem a grande quantidade de minerais que conhecemos hoje). Meteoritos originários de asteróides (como o 4 vesta), satélites (Lua) e planetas (Marte) nos ajudam a entender como esses corpos evoluíram com o passar do tempo. Essas rochas que caem na Terra têm pouca aplicação tecnológica, mas seu estudo permite que possamos avaliar estratégias de exploração mineral, nos fornecendo informações para que no futuro sejamos capazes de colonizar esses locais a partir dos recursos que estarão disponíveis in loco quando estivermos explorando esses corpos. Não existe um protocolo para comercialização de meteoritos. Inclusive isso dá espaço para que pessoas mal intencionadas possam tentar vender rochas comuns passando por meteoritos. De acordo com o tipo peso e tamanho o valor altera. Existe alguma tabela de avaliação e autenticidade das rochas extraterrestres, como é a legislação no nosso país?

O comércio de meteoritos envolve muitos aspectos. Se meteoritos são relativamente raros, são poucas as pessoas que compram e vendem essas peças assim o mercado e os valores envolvidos podem variar muito.

Geralmente meteoritos recém-caídos são valorizados, enquanto meteoritos encontrados depois de muito tempo no chão (e conseqüentemente muito alterados pelo tempo) valem menos. Meteoritos de tipos raros valem mais que meteoritos de tipos comuns. Meteoritos com histórias interessantes (como aqueles que atingem coisas feitas pelo ser humano, como casas e carros) valem mais do que meteoritos cuja queda não foi observada. A quantidade de material disponível para venda também pode alterar muito os valores.

Não existe uma tabela que especifique esses preços. Muitas vezes o valor do meteorito é definido como uma cotação (tal quais alguns metais valiosos) como, por exemplo, valores de $10/g ou $20/g. Para colecionadores e comerciantes mais experientes, uma rocha só será aceita como meteorito se passar por um estudo detalhado. Assim, é possível definir se a amostra realmente se trata efetivamente de um meteorito e, caso seja, qual exatamente o grupo químico e mineralógico o qual ele pertence. Esse estudo é enviado a um grupo responsável por catalogar todos os meteoritos do mundo e, enquanto isso, uma amostra de peso mínimo tem que ser doada a um museu de qualidade reconhecida. Se o meteorito estudado for aprovado, passará a constar num banco de dados chamado Meteoritical Bulletin, passando ser aceito por toda a comunidade.

No Brasil não há uma lei que trate exclusivamente dos meteoritos, então costuma seguir a Lei dos Estados Unidos em que o meteorito é de posse do dono das terras onde o fragmento caiu. O comércio é legal e espera-se que o meteorito seja classificado de forma que ao menos uma amostra conste no acervo de algum museu no Brasil, afirma  Gabriel Gonçalves Silva, sou doutorando em química pelo Instituto de Química da USP (IQ/USP).Se quiser, pode entrar em contato direto comigo: https://www.facebook.com/GabrielGoncalvesSilva.

A doutora em observação astronômica afirma que meteoritos são rochas que se formam em diferentes momentos. A maioria se origina concomitantemente com a formação do Sistema Solar (chamados meteoritos condritos) enquanto alguns outros se formam a partir da evolução de corpos como asteróides, satélites e planetas. Sua composição mineralógica é bem primitiva e a maioria dos minerais presentes é também encontrada hoje em dia na Terra. A própria Terra se forma do acúmulo de grande quantidade de rochas de composição igual a dos condritos (depois passando por diversos processos geológicos que dão origem a grande quantidade de minerais que conhecemos hoje). Meteoritos originários de asteróides (como o 4 vesta), satélites (Lua) e planetas (Marte) nos ajudam a entender como esses corpos evoluiram com o passar do tempo. Essas rochas que caem na Terra têm pouca aplicação tecnológica, mas seu estudo permite que possamos avaliar estratégias de exploração mineral, nos fornecendo informações para que no futuro sejamos capazes de colonizar esses locais a partir dos recursos que estarão disponíveis in loco quando estivermos explorando esses corpos. Segundo colecionadores de meteoritos, a a comercialização da rocha é ausente de protocolos o que dá espaço para que pessoas mal intencionadas possam tentar vender rochas comuns passando por meteoritos.

No site da Vale do Rio Doce é revelado que o choque do meteorito no Canadá há 1,8 bilhão de anos deu origem ao depósito mineral de Sudbury. Dependendo do tamanho e composição dos corpos celestes, o impacto com o solo pode ter grande significado geológico e relevância para a indústria de mineração. Acredita-se que a explosão de um meteorito, de 30km de diâmetro (o equivalente a cerca de 330 campos de futebol), tenha dado origem aos depósitos de metais básicos que a Vale e outras empresas exploram na região de Sudbury. A explosão foi tão grande que abriu uma cratera de 250 km de diâmetro e seu contorno pode ser visto do espaço. Com o impacto, ela se encheu de magma contendo níquel, cobre platina, paládio, ouro e outros metais que hoje formam parte dos nossos depósitos.

Geralmente meteoritos recém-caídos são valorizados, enquanto meteoritos encontrados depois de muito tempo no chão (e conseqüentemente muito alterados pelo tempo – intemperismo) valem menos. Meteoritos de tipos raros valem mais que meteoritos de tipos comuns. Meteoritos com histórias interessantes (como aqueles que atingem coisas feitas pelo ser humano, como casas e carros) valem mais do que meteoritos cuja queda não foi observada. A quantidade de material disponível para venda também pode alterar muito os valores.

Não existe uma tabela que especifique esses preços. Muitas vezes o valor do meteorito é definido como uma cotação (tal quais alguns metais valiosos) como, por exemplo, valores de $10/g ou $20/g. Para colecionadores e comerciantes mais experientes, uma rocha só será aceita como meteorito se passar por um estudo detalhado. Assim, é possível definir se a amostra realmente se trata efetivamente de um meteorito e, caso seja, qual exatamente o grupo químico e mineralógico o qual ele pertence. Esse estudo é enviado a um grupo responsável por catalogar todos os meteoritos do mundo e, enquanto isso, uma amostra de peso mínimo tem que ser doada a um museu de qualidade reconhecida. Se o meteorito estudado for aprovado, passará a constar num banco de dados chamado Meteoritical Bulletin, passando ser aceito por toda a comunidade.

No Brasil não há uma lei que trate exclusivamente dos meteoritos, então costuma seguir a lei dos Estados Unidos em que o meteorito é de posse do dono das terras onde o fragmento caiu. O comércio é legal e espera-se que o meteorito seja classificado de forma que ao menos uma amostra conste no acervo de algum museu no Brasil. O site internacional The Meteoritical Society tem catalogados na Zona Rural do estado de Goiás 5 meteoritos. Encontrados em Sanclerlândia, Uruaçu, Itapuranga, Santa Luzia e Campinorte.

Meteorito de Sancler.
Localizado em Sanclerlândia, em 5 de outubro de 1971. O objeto pesava 276 kg e foi encontrado durante o mapeamento da Serra do Mangabal.
Meteorito de URU
De 1992 a 2000, quatro objetos de ferro, foram encontrados em Uruaçu. Eles estavam em uma propriedade rural e pesavam 29 kg, 25,2 kg, 300 g e 18 kg.

Meteorito de ITA
Em Itapuranga, no Curral de Pedro, em uma data não confirmada. O meteorito, também de ferro, estava em um buraco no solo. Pesava 6,28 kg.


De acordo com o Ministério das Minas e Energia, não há uma regulamentação específica sobre a posse de meteoritos na legislação federal. No site eBay, há 1.395 ofertas de meteoritos -sem autenticidade comprovada-, cujos preços variam de um centavo de dólar a US$ 45 mil.

Meteorito de SANT
Santa Luzia em Luziânia em 1922. O segundo maior do Brasil. Em 1927, o então jornalista Joaquim Câmara Filho, um engenheiro agrônomo, desconfiou que a pedra seria um meteorito. Conseguiu confirmar sua suspeita e depois liderou a doação da pedra para o Museu Nacional d a UFRJ. O Santa Luzia, homenagem ao antigo nome de Luziânia, pesa 1,9 tonelada resistiu a prova do fogo no último incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Meteorito de Camp
Campinorte Bólido de 2 toneladas e 70 cm de diâmetro foi encontrado em fazenda de Goiás.
Meteorito de Pont

A rocha cósmica foi avistada em 1994 na zona rural de Pontalina- Goiás pela jornalista Lorena Fero de Abreu que pesquisou junto às amostras dos meteoritos nos museus e exposições de fotos nos principais sites de meteoritos do mundo e identificou uma semelhança as amostras que vieram da missão Apollo a lua. Supomos que seja um basalto lunar com o processo de intemperismo de 25 anos. Não existe outra rocha na região como essa a qual foi encontrada. Além disso, fotos do alto reforçam a afirmação, pois, a região possui uma marca na terra onde pode ser avistada através de um drone do alto, ou seja, tudo é uma questão do ângulo em vemos.

Uma amostra foi enviada para o Museu Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro, onde houve o incêndio, fora salvo pelas mãos da astrônoma Elizabeth Zucolotto responsável pela ala dos meteoritos.

 Entre tantas amostragens do país afora, parte do acervo de relíquias extraterrestres indispõe de recursos tecnológicos para uma avaliação pós processo de intemperismo. Mesmo assim ela fez parte das rochas de exposição da Expedição Apollo e fez companhia para suas outras rochas trazidas do espaço.

O tamanho da rocha incomum é assimilado a um carro, e consta perfeitamente o sinal de combustão em sua calda. Realmente incrível e fantástico. Um presente dos céus aqui aos nossos pés

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