Apartheid Sanitário No Mundo, Manifestações e Protestos

A vacinação obrigatória contra a Covid-19 entrou em vigor para 2,7 milhões de profissionais da saúde, bombeiros, motoristas de ambulância e cuidadores.

Isso gerou uma onda de manifestações pelo mundo inteiro. França, Itália, Austrália e até no Brasil. “Não somos cobaias”, reclamou uma assistente médica de 37 anos, que não quis dizer seu nome. “Não me vacinei e pedi demissão”, contou, durante a manifestação em Paris.

A França, de 67 milhões de habitantes, ultrapassou 50 milhões de pessoas que receberam ao menos uma dose de vacina.

De acordo com o site mineiro “O Tempo, cerca de 80 mil manifestantes, incluindo mais de 6.000 em Paris, mobilizaram-se na França contra o passaporte sanitário pelo 10º sábado consecutivo, de acordo com o Ministério do Interior.

Havia muitos funcionários dos serviços de saúde, obrigados a se vacinar para poderem trabalhar. Alguns preferiram pedir demissão e outros 3.000, segundo o Ministério da Saúde, foram suspensos”.

Em muitas cidades, os manifestantes foram vítimas da truculência policial. Apesar da gravidade do tema, as agências de notícias e jornais locais continuam dando pouco destaque aos protestos e apoiando o apartheid sanitário.

Trabalhadores italianos ameaçam bloquear portos contra passaporte sanitário.

Em notícias uol “Todas as operações serão bloqueadas no porto de Trieste” (nordeste da Itália), disse Stefano Puzzer, porta-voz do sindicato dos trabalhadores dessa unidade, apelando para a “possibilidade de decisão” de cada um.

Nosso país está se tornando totalitário”, afirmou Jean-Claude Dib, de 71 anos, um caminhoneiro aposentado presente na manifestação em Marselha, onde mais de 4.000 pessoas participaram.

Em Paris, uma manifestação de “coletes amarelos”, a revolta que abalou o país durante o inverno de 2018-2019, começou na Praça da Bastilha e foi marcada por incidentes esporádicos entre manifestantes e policiais. Nove pessoas foram detidas, de acordo com o Ministério do Interior.

Outra concentração ocorreu no Trocadero, perto da Torre Eiffel, onde o ex-eurodeputado da extrema direita Florian Philippot denunciou o “apartheid” promovido pelo executivo francês e pediu a renúncia do “tirano” Macron.

Em Sidney houve confrontos entre alguns manifestantes e a polícia montada, enquanto em Melbourne milhares de pessoas se reuniram em frente ao parlamento regional do Estado de Victoria.

Protestos contra o passaporte sanitário já duram 3 meses na Europa.

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